Tuesday, April 15, 2008

A acolhida

E se fosse uma flor de rosa, brotada, que aguardava?

Ninguém conseguiria conquistar a desfolhada.

Ninguém conseguiria, mesmo assim a colheria e chamaria esse ato de:

A acolhida

- É para presentear mais uma presenteada!

Quem conseguiu essa flor despodada?

Quem a tornou desfolhada?

- Dei a minha própria reciclada!

È o seu jeito de reciclar a natureza.

Modifica a natureza das coisas, sem pé, sem folha, a flor da rosa podada a desfolhada sem acolhida foi colocada em vaso de vidro com água recém filtrada (não era) e repousa seus últimos dias em mesa de cabeceira no quarto de empregada.

Morreria de toda forma.

Wednesday, April 02, 2008

Incerteza

Eis que enfrenta o mundo frutuoso de uma imaginação convergente, que tudo transforma.

Que tudo quer transformar e a partir da imaginação sonha e agora tenta realizar.

Triunfante descobre que não é fruto, nem ruim, nem bom.

Entende que tudo que se planta deve ser colhido por alguém no futuro.

Descobre que não existe futuro no mundo que se colha e que se possa qualificar.

Todo futuro é incerto e que não há escolha quando se pensam em frutos.

Eis que entra pela porta triunfante mais um fruto que desafiou o tempo.

E soberano em sua casa sabe que sua morada é a sua própria incerteza.

Tuesday, June 19, 2007

"DorMe Só Se queR FaLar."

Entre linhas e espaços no tempo.
Assim como na vida, é preciso continuar.
O tempo nunca para.
Eis a configuração da"pauta".
"DorMe Só Se queR FaLar."
"Se queR FaLar DurMa Só."
Se não quiser Falar de dor.
Fale do Sol se quer falar.
E começando pelo Sol
Nunca fica facil de rimar.
"Só Se queR FaLar De Mim!"
"Lá Do Meu Sol Se queR Falar."
Hélios então enuncia a Mória.
Que hoje prefere DorMir Só.
Falando Hélios retira-se dos espaços.
A noite cai, entre as linhas, surge Selena (Lua).

Thursday, January 18, 2007

É tarde!

Abra essa janela.
Admira a noite toda escura.
Tudo escuro.
Dentro dos olhos a noite segue tranqüila.
As estrelas a cada minuto despedem-se.
Sempre há um lugar perfeito no espaço.
O tempo segue!
Nós seguimos o tempo.
De perto todas as pessoas são sonhos.
Abra o seu coração para tudo que eu disse.
Sempre haverá palavras e silencio entre nós.
Na escuridão da noite;
Tudo dentro de mim vibra.
Essas sombras na noite guardam segredos.
Escondem a realidade das sombras.
Nessa penumbra nada é perfeito.
Os beijos tornam-se sonhos.
Os sonhos sombras.
As sombras na noite escura somem.
A cada minuto abre-se uma janela.
Alguém quer fumar.
Vou dormir no fundo dos olhos.
No escuro dos seus olhos.
Em nossa janela já é tarde.
Admira essa noite inteira.
Já que essa pode ser a ultima vez que a vemos juntos.

Tuesday, December 05, 2006

Fronteira Tirania

Deixa-te a quem não te conhece.
Que a conheça!
Deixa-te viver livre.
Muito além da liberdade.
Conveniente e ordinária.
Deixa-te entregue a própria sorte.
Largada!
Pelas ruas e pela vida.
Deixa-te voar para algum lugar.
Onde haja silêncio e solidão.
Deixa-te a um olhar diferente.
Que desconheça!
De um ângulo de visão diverso.
Encontre um outro ponto de vista.
Deixa-te ver a um outro mundo.
Se fores musico.
Pinte um quadro.
Se for poeta...
Roube o coração de alguém.
Sirva-o morno.
Com batatas coradas e quentes.
Devore-o com os olhos.
Mas só se os olhos deixarem.
Deixa-te ir!
Que qualquer dia...
Alguém pode te deixar voltar.
Como deixaria a um animalzinho.

Thursday, November 16, 2006

Quando meus olhos fecham?

Fecho os olhos e vejo,

Mais uma vez seu jeito.

Mais uma vez meu desejo.

Desperta-me na hora que deito!

Quero sentimentos que não são meus,

Que minha curiosidade instiga.

Meus dedos pedem os seus.

Sua boca ainda é totalmente desconhecida!

O gesto que eu queria vivo,

Foi dado timidamente.

Na forma do sorriso mais bonito,

Que um dia já vi na minha frente.

Um sorriso, quem diria?

Tímido e vivo.

Preencheu naquele dia,

Um pouco do espaço vazio.

E o sol voltou a brilhar.

E o frio sumiu de repente.

E ficou uma brisa quente no ar.

Mudou o que antes era indiferente.

Há coisas que são ditas frias,

Que na manhã seguinte se esquentarão.

Há os gestos de todos os dias,

Que aos poucos se destilarão.

Há a nóia de todas as vidas,

E a vida é tão importante.

Há minha reta que é tão dividida,

Que encontra sua reta nesse instante.

De olhos fechados, o que vejo é seu sorriso.

Sorrindo do outro lado do bar.

Pedindo a guia do destino,

A espera de quem nos vai enfrentar.

Você despertou seu sorriso.

Eu despertei meu instinto.

Você já estava partindo,

E eu ainda não havia dormido...

Friday, September 15, 2006

És o próprio inverno (Gabrielenska)

És fria!
Tão fria querida.
Que me entristeces todo.
A fronte, a pele, os olhos.
Os lábios tornam-se gelados.

São esses flocos de neve,
Que merecem sentimentos
Que legitimamente evoluíam
Em direção do amor?

A resposta é clara!
Transparente.
És fria.
Fria como cubos de gelo.

Quanto as duas lagrimas.
Mencionaste algo
Mas sinceramente
Não as vi.

Se existiram
Não sei como
Não congelaram
Dentro de ti.

Antes a tristeza
Das lagrimas mortíferas.
Que vertê-las poucas
E contidas.

Quanto as minhas,
Brotam a todo instante.
Sei como sofre uma pessoa fria
E sinceramente sinto...
Não poder aquecê-la.

Wednesday, May 31, 2006

... Só um caminho (seguro) para seguir.

Caminhos seguros para seguir...
Quantos caminhos futuros,
Dos tortuosos aos mais puros,
Até quase conseguir...

Cada passo mais descalço,
Mais suja esse pé de chão.
Cada quase indecisão,
Mais confusa tua cega visão.

Tantas alternativas desperta,
Mas existe uma predileta?
O caminho aparentemente seguro,
Novamente é decisão incorreta.

De volta ao ponto inicial,
Que nunca foi ponto de partida.
De ponto, mesmo, só a marca da tinta,
Que tinge a decisão final.

Dentro deste labirinto físico,
Que alguns chamam de vida.
Outros preferem destino,
Natural ser tão autor como vítima.

Perdido entre infinitos rumos...
Somente procuramos caminhos seguros.
Mas ao final de cada etapa,
Percebemos algumas falhas.

Mesmo vencendo batalhas,
Não me importa perder tua guerra...
Urbana e chata!
Inútil e óbvia!

Sunday, April 09, 2006

Às vezes te (me) procura...

Sabe, ainda te vejo com meu beijo.
Que tanto desejou o meu desejo.
E na fúria da loucura,
Quem procura a embocadura,
Divide-se e se procura!
E eu que esperava a esperança...
...Foi sua!
Não encontro mais o centro...
Não encontro um momento...
Uma palavra foi lendo...
E no final da frase crua,
Estendeu-me em pena pura,
Um rosto! ...Foi tudo que beijei.
E mesmo que ferido por prazer.
Sabe, eu continuo a enaltecer,
A certeza que era minha,
E quem sabe um dia será sua!
Quando encontro a verdade...
...Na verdade, nunca...
...Imaginei tal figura.
Mas o que importa é a ligação,
Entre o nosso único coração!
Que nunca liga...
Que às vezes demora...
E seus olhos riem...
E fico encantando
Com tanto sorriso
Que me iludo todo
Eu queria tanto...
Um desejo...
Que não fosse embora!